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Um Modelo de Casal

Por Jessé Salvino Cardoso.

O viajante ao viajar busca entende-se melhor a si mesmo e ao olhar o mundo em outras perspectivas. O autoconhecimento é ainda uma das facetas do longo processo que é a viagem em si mesma ao longo da vida, pois a viagem é um processo.

Trata-se de uma fuga não declarada dos problemas familiares e cotidianos que azedam semanas e dias, e a fuga serve para isso, cada viajante parte em busca de uma aventura que possa viver em paz e tranquilidade durante alguns dias da sua vida.

A busca por aventura ou experiências agradáveis deve também fazer parte do pacote, é uma parte importante de todo o processo, é um esforço para sair da rotina, e requer planejamento e outros detalhes como preparar malas. Nesta coluna , eu abrirei um longo parenteses, relatar acerca da minha viagem de cinco dias em Santa Catarina. Sendo mais específico na cidade de Tigrinhos, na companhia de um amigo de infância. Dando assim continuidade a coluna anterior acerca da viagem agora.

Usualmente os casais discutem , brigam e se agridem , mas será que existe um modelo a ser seguido? Os nossos hospedeiros fornecem um modelo que pode ser observado e seguido ao pé da letra. E assim podemos aqui ver um conjunto de observações necessárias.

Mas a observação de um viajante pode diferir de um terapêuta de casal. A primeira casais que dão sempre certo nunca discutem ou brigam diante dos filhos, pois os filhos não são culpados por suas crises existenciais e quedas pessoais mediante uma sociedade em constante crise moral,. O viante deve somente observar com muita acuidade ,e apesar de ser amigo.

Mediante tais fatos , agora advem a segunda observação um casal deve ser um modelo a ser rotineiramente copiado e entendido por outros que desejam também se casar. Os casais devem sair juntos e compartilhar bons momentos juntos para que possam ser copiados e adotados como modelo por outros.

O termo que abrange entender que um casal não vive só bons momentos e também carrega as cicatrizes de momentos amargos que não devem ser pintados por nenhum artista que seja relevante em uma sociedade pós-moderna, o exercício do amor deve algo relevante para os dois em diversos instantes de uma vida á dois.

Durante uma vida á dois , tudo pode acontecer e esse argumento tamanho pode ser válido , todos cais normais podem sofrer inúmeras crise matrimoniais que vem em momentos nunca esperados. E por aí existe um monte profissionais dando receitas de um casamento perfeito, ou adequado.

E indo ao terceira observação, o marido e mulher devem sempre conversar sobre os problemas que podem chegar anular a relação conjugal , esse viajante é bem criterioso em observar tudo ao seu redor , são emoldurados não nas novelas globais e seriados hollywoodianos, esse casal é emoldurado nos princípios cristãos.

Logo se entende que esse casal superar suas crises com as anotações das cartas paulinas e gerais acerca do casamento , não nos livros de autoajuda que não ajudam ninguém somente seu autor friamente. Num século como o nosso cheio de perguntas sem respostas exatas ao jovens imaturos.

O casamento deve ser uma união duradoura que fornece forças e exemplos para os filhos que um dia serão maridos e pais , parece que nosso hospedeiros pensam desta forma de olho no futuro que não é tão distante, usualmente a Cristandade ensina dar uma marcha ré e seus discípulos pouco seguem esse detalhe da fé.

De certa forma todas essa observações abrem inúmeras discussões inerentes uma vida á dois, deve haver antes de tudo um pai e uma mãe não devem ser evasivos ao dar bons exemplos aos filhos em todas as áreas , em especial nessa, o elemento casamento é um item ideal.

E após essa claras afirmações , um jornalista diria ‘uma forma de vida exemplar’ para um casal bem pós-moderno segundo os teóricos da Pós-Modernidade que são de fato muitos que parecem uma multidão , um em especial se destaca o sociólogo-filósofo polonês Zigmunt Bauman questiona com acuidade o momento presente em seu extenso conjunto de obras escritas. Uma merece destaque ‘O Amor Líquido’ que trata dos relacionamentos amorosos nos dias atuais.

Casar não é um jogo , mas é uma situação definitiva. Esse autor oferece um painel dessa realidade atual.O autor, Zygmunt Bauman procura investigar neste livro, porque as relações humanas estão cada vez mais flexíveis, gerando níveis de insegurança que aumentam a cada dia. Os seres humanos estão dando mais importância a relacionamentos em “rede” (pela internet através de bate-papo, email ou celular através de mensagens de texto e bate-papo) que podem ser desmanchados a qualquer momento e muito facilmente, sendo que assim, sendo este contato apenas virtual, as pessoas não sabem mais como manter um relacionamento a longo prazo. E isso não acorre apenas nas relações amorosas e vínculos familiares, mas também entre os seres humanos de uma maneira geral.

Assim ele dá exemplos concretos dessa realidade das relações amorosas e outras.Ex: Se um estranho cumprimenta outro na rua, o outro além de não responder o cumprimento, ainda sente-se estranho, talvez ofendido ou até pensa, “que pessoa esquisita”. As pessoas não se sentem à vontade na presença de um estranho, quanto mais cumprimentando alguém que não conhecem. Outro exemplo é o fato de quase ninguém ajudar um mendigo ou um estranho na rua. As pessoas têm medo, tanto por causa da violência, talvez sofrida por eles, quanto pela repercussão dos meios de comunicação que cada vez mais “apavoram” os seus usuários com notícias que envolvem apenas as coisas ruins feitas pelos próprios seres humanos. Então, como não ter medo?

Sinceramente , um sociólogo que analisa essa situação não tem muito á oferecer a um casal exemplar e ilustrado, mas ele ainda fala alguns temas relevantes.Os relacionamentos em geral, estão sendo tratados como mercadorias. Se existe algum defeito, podem ser trocadas por outras, mas não há garantia de que gostem do novo produto ou que possam receber seu dinheiro de volta. Hoje em dia os automóveis, computadores ou telefones celulares em bom estado e em bom funcionamento são trocados como um monte de lixo no momento em que aparecem versões mais atualizadas. E assim acontece com os relacionamentos, não gostou, pode trocar, assim ninguém sofre. Também existem os relacionamentos de bolso, do tipo que pode-se usar e dispor quando for necessário e depois tornar a guardar para ser utilizado numa outra ocasião.

A sociedade atual está criando uma nova ética do relacionamento, os relacionamentos estão cada vez mais fragilizados e desumanos. A confiança no próximo está cada vez mais próxima de terminar definitivamente. Os seres humanos estão sendo usados por eles mesmos. Ex: vaso de cristal, na primeira queda, quebra. As relações terminam tão rápido quanto começam, as pessoas pensam terminar com um problema cortando seus vínculos, mas o que fazem mesmo é criar problemas em cima de problemas. E assim entendo que ele tenha um olhar bem aguçado mas não fornece modelos de um casamento feliz e honesto a quem realmente precisa hoje em dia.

Ligeiramente , caro leitor você não escolhe em que família nasce ou classe social irá pertencer. Mas uma única coisa você pode escolher sua futura esposa e ou esposo, e onde deve morar , o casal de hospedeiros nos forneceram pistas adequadas acerca do casamento e seus desdobramentos sociais, eu aconselho ao leitor a ler o livro ‘O Amor Líquido’de Zigmunt Bauman. Boa leitura dessa coluna e divulgue esse jornal virtual com seus amigos, e comente nossas colunas no jornal.

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