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Em busca do conhecimento

 O atual cenário econômico do Brasil tem convidado os cidadãos a refletir sobre a educação, seja de si próprio, seja de seus filhos. Outros procuram ampliar os bons costumes, simplesmente para aprimoramento, prazer em leitura ou aquisição cultural.

Com o crescimento do número de escolas, principalmente nas regiões metropolitanas, muitos são incentivados a realizarem o sonho de estudar ou fazer um curso profissionalizante. Foi o que fez Nilva Aparecida Domingues Santos, 34, moradora de Cotia, auxiliar de cozinha, que não pensou muito para regressar à escola. Segundo ela, foi um caminho árduo, mas o desejo foi tanto que logo estava na sala de aula da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em pouco tempo já estava matriculada na faculdade, no curso dos sonhos. Iniciava ali mais um grande desafio: graduar-se em Pedagogia. Essa iniciativa fez com que seu marido seguisse seu exemplo.

“Sempre sonhei em estudar, mas fui deixando para lá.” No entanto, como trabalhava em escola não havia como esquecer por muito tempo. Quando seus filhos atingiram a idade escolar foi definitivamente motivada a voltar aos estudos. “Tenho que participar da vida estudantil dos meus filhos, seja lendo histórias, seja lendo bilhete da professora. Tudo hoje está baseado em leitura. Sem aprendizado fica difícil identificar o ônibus ou ler a receita do bolo predileto.”

Nilva está muito entusiasmada com os estudos e já começou a colher os benefícios. Não perde a chance de ler, contar história e participar ativamente da alfabetização de seus filhos. “Em minha casa todos somos estudantes”, concluiu.

Outro caso é do Consultor de Tecnologia da Informação, Luiz Roberto da Costa, que durante 30 anos exerceu a função de sua formação, processamento de dados. Aos 48 anos, decidiu realizar um sonho: estudar psicologia.

“Graças a Deus, tenho vocação tanto para processamento de dados quanto para Psicologia. Minha primeira escolha se deve a possibilidade de não ter uma vida monótona e o retorno imediato do investimento em graduação. Precisava ganhar dinheiro que só o curso atual prometia, como de fato pude constatar posteriormente. Por um bom tempo esqueci e estava tão ocupado e feliz com a minha profissão que deixei a Psicologia para lá. Como ela me persegue, num belo dia desejei voltar à sala de aula para mais uma jornada”, contou Luiz.

Parecia muito radical a sua atitude, de, depois de tantos anos, optar por uma área de atuação muito distante da atual, mas segundo seu entendimento há um diálogo entre os dois cursos. Um dos fatores para realmente iniciar a caminhada de regresso à escola sem arrependimento é a maturidade financeira e tempo para dedicação. “Sei que hoje sou auto-suficiente para investir nesse curso. É a realização do meu ‘plano B’. Estou próximo a aposentadoria e espero que esse curso me ocupe”.

Ainda segundo Luiz, o homem lá de cima foi quem determinou o caminho que devia seguir. Para ele está tudo bem, mostrou satisfação com o novo projeto. “Aceito naturalmente esse desafio, sou feliz. Muito feliz”.

“As empresas que dependem da qualificação dos profissionais e a sociedade são as maiores beneficiadas com as iniciativas singulares de regresso aos estudos. As escolas são os centros de disseminação do conhecimento e quando elas decidem abrir as portas e democratizar o ensino, o país ganha em vários aspectos e o mundo agradece por estas iniciativas”, enfatizou o empresário Heriton Campos.

Onde e como estudar

 

Para quem deseja estudar na EJA deve procurar a escola mais próxima, que muitas das vezes fazem testes de avaliação para enquadramento de série. De um modo geral os cursos são gratuitos. Há a tradicional EJA e curso normal desde o primeiro ano ao último ano do Ensino Médio. Existem várias formas de ingressar na faculdade, seja a disputada pública ou particular. O governo dá assistência por meio de concessão de bolsas, que são de até 100%, dependendo do alcance das normas do Escola da Família e do Programa Universidade para Todos (PROUNI).

Além dessa opção, o Governo Federal disponibiliza pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) subsídios para mestrado, doutorado e graduação aos que desejam continuar seus estudos. Há também bolsas nas universidades particulares órgãos nacionais e internacionais.

 

Mais informações sobre bolsas

Ministério da Educação      http://portal.mec.gov.br

Fundação Ford                      http://www.cpgss.ucg.br

CAPES                                     http://www.capes.gov.br

Davambe