Por Lovelace
Capítulo 1: o desaparecimento
Em uma manhã qualquer ensolarada em misselthwaite Mary Lennox, Colin Craven e Dickon estavam no jardim como o hábito do trio. entre flores e árvores, Colin estava sentado em sua cadeira de rodas analisando a conversa de seus colegas, o assunto era sobre mistérios, aventuras e flores. Quando de repente bate uma brisa leve que traz uma sensação estranha como se estivesse algo fora do normal ou como se estivesse acontecido algo talvez um desaparecimento.
– Tô sentindo uma sensação estranha – comentou Mary olhando para Dickon.
– O que você está sentindo?
– Parece que aconteceu algo com alguém, mas deve ser só impressão minha. Eles vão de encontro ao Colin.
– Vocês conhecem o pequeno príncipe?- pergunta Colin enquanto está sendo empurrado por Dickon, Colin e Mary falam que sim.
– Parece que ele sumiu do seu planeta, isso já tem algumas semanas, ele está deixando todos preocupados principalmente o aviador.
– Por isso que eu estava sentindo umas coisas estranhas quando estávamos no jardim. não iria imaginar que ia acontecer algo com ele – comenta Mary – mas respondendo sua pergunta Colin, eu já ouvi bastante coisa dele, sou doida para conhecê-lo – Fala Mary pensando no dia em que iriam se conhecer – Pelo que me falaram ele é uma pessoa bem curiosa como a gente ou até mais.
– Ele tem cara de ser uma pessoa bem chata e nerd – comenta Dickon – Acho que ele não daria certo com a gente, pelo menos eu não gosto de gente assim – fala Dickon com um pouco de ciúmes de Mary.
Eles acabam esquecendo o assunto e voltam para a mansão, batendo altos papos. chegando na casa, Dickon deixa Colin em seu quarto e vai para casa. Mary, diferente dele, vai atrás de Martha para elas conversarem e contar como foi o dia delas.
Inclusive, um dos assuntos era Mary e Dickon. Mary desde que conheceu Dickon acabou tendo sentimentos a mais.
– Martha, eu juro que só foi eu falar o que eu achava do Pequeno Príncipe, na hora que ele foi me responder ele teve um ataque de ciúmes, tava na cara dele!
– Para ele ter esse ataque de ciúmes é porque ele gosta realmente da pessoa, mas confesso que é a primeira vez que o vejo assim, nunca o vi com ciúmes de ninguém. – fala Martha sentando ao lado de Mary.
Alguns dias depois, chegou a notícia em misselthwaite que o Pequeno Príncipe já estava em casa.
O Aviador tinha mandado a notícia falando que o Pequeno Príncipe se encontrava no planeta do Bêbado, pois o mesmo tinha resolvido ajudar o Bêbado a sair daquela vida, resultando em que o Pequeno Príncipe ficasse aquelas semanas sem dar notícias ou algum sinal de vida.
Capítulo 2:A Viagem
Alguns anos se passaram e Mary e Colin tinham 16 anos. Mary era uma menina doce e já não era mais aquela menina amargurada, rude e amarela. Com ajuda de Martha ela conseguiu engordar e ficou uma mulher linda. Colin estava sem cadeira de rodas, pois com bastante apoio de seu pai e seus amigos Dickon e Mary conseguiu andar sem cadeira de rodas. Nesses anos que se passaram, ele se dedicou a se cuidar para ficar um jovem bonito. Dickon estava com um lindo cabelo cacheado, o cabelo dele estava com uma cor escura de ferrugem e estava com 17 anos e estava com mais animais
Em uma manhã ensolarada os três estavam no jardim secreto cuidando de algumas rosas, quando Martha chega no jardim para ficar com eles e acaba contando algo sobre o Pequeno Príncipe.
– Parece que o Pequeno Príncipe sumiu novamente, já tem bastante tempo. – Fala Martha sentando em um canto.
– Bem que podíamos fazer alguma coisa para encontrá-lo, né. O coitado do Aviador deve estar super preocupado e não conseguindo imaginar onde ele está, muito menos conseguindo procurá-lo – comenta Mary fazendo Dickon e Colin concordarem com ela.
– Bom, já que vocês vão atrás dele, melhor vocês arrumarem as coisas de vocês e descansarem para partirem logo, a viagem vai ser longa e bem cansativa. – fala Martha.
Dickon e Mary vão para o quarto deles e começam a arrumar uma mochila para que não fique tão pesada na viagem.
– Você não vai para seu quarto, Colin?
– Para falar a real, eu nem quero ir nessa viagem.
– Por quê? Você estava tão animado para ir ajudar eles – fala Martha meio preocupada
– A Mary só fica falando do Pequeno Príncipe ou fica com o Dickon. Já tá até dando enjoo de ver eles dois juntos.
– A Mary só tá assim porque ela está bem animada em encontrar o Pequeno Príncipe e em relação dela ficar grudada com o Dickon é porque os dois gostam um do outro.
Colin na hora que ouve que a Mary gosta do Dickon fica super triste.
– Ela nunca me disse que gostava dele.
– Isso não é uma certeza, Colin, as vezes ela nem gosta dele e eu tô aqui passando informação errada, se eu fosse você eu iria na viagem e analisava a situação.
Colin resolve ir na viagem mesmo um pouco triste ao saber que tinha 50% de chance da Mary gostar de Dickon.
De noite todos estavam prontos para partirem
– Tô meio ansiosa para essa viagem- comenta Mary para Martha
– Você sabe que não precisa ficar assim, a viagem com certeza vai ser super legal.
– Eu espero que você esteja falando a verdade, bom melhor a gente parar de conversar, se a senhora medlock pegar você aqui ela briga. – fala Mary dando um abraço em Martha e depois indo para o carro que levaria eles.
Depois de um tempo, eles começam a viagem, eles estavam bem animados e bem ansiosos para chegarem logo no deserto.
– Tô um pouco bem nervosa para chegar lá – fala Mary pegando na mão de Dickon.
– A gente vai adorar lá, não precisa ficar assim e se a gente não gostar é só voltar para casa e esquecer que fizemos essa viagem – fala Dickon sorrindo.
Capítulo 3: o aviador
Enquanto isso, em um certo lugar distante do mundo mágico de Oz, estava o aviador à procura do Pequeno Príncipe. Ele havia recebido uma mensagem de um número desconhecido que o levou até o deserto.
Ele pegou seu avião improvisado e foi até o deserto de Oz. Enquanto ele sobrevoava sobre as dunas douradas tentando procurar rastros do Pequeno Príncipe, ele pensava quem poderia ter mandado aquela mensagem misteriosa que tinha-o deixado preocupado naquele nível. Quase chegando no lugar do deserto, o avião acaba dando um problema fazendo com que o aviador pousasse com urgência em um lugar bem distante do lugar esperado e um lugar desconhecido.
Ele pega suas coisas e começa a procurar o Pequeno Príncipe o mais rápido possível, mesmo depois de muito tempo andando ele não conseguia encontrar sinais do pequeno príncipe.
Depois de um bom tempo procurando o aviador, resolveu fazer uma pausa, pois não suportava mais andar. Fazia exatamente 6 horas que ele andava sem parar e já estava de noite. Ele aproveita o lugar em que estava e resolveu comer e arrumar suas coisas para dormir, depois de ter arrumado tudo ele pegou seu celular e tentou achar mais pistas de onde o Pequeno Príncipe poderia estar.
No dia seguinte, Mary, Dickon e Colin já estavam no deserto e estavam procurando rastros do aviador.
– Não sei para que vocês inventaram de vir atrás dele, o Pequeno Princípe nem é tão importante assim – fala Colin
– Você devia parar de ser tão insuportável assim, ele com certeza é mais legal que você e não deve reclamar tanto – responde Dickon
– Nesse ponto eu concordo com o Dickon, desde que a gente saiu de Misselthwaite você só reclama, nem parece que alguns anos atrás você era aquele menino que era doido para conhecer o Pequeno Princípe.
– Vocês que estão sendo insuportáveis, em nenhum momento eu falei que queria vir atrás, eu nem estou mais interessado nele.
– Se você nem está afim de ajudar a procurar ele, volta para Misselthwaite, ninguém vai sentir sua falta, afinal você não ajuda em nada mesmo. – fala Dickon já estressado com as atitudes do Colin. – Colin, já que você não vai ajudar em nada, vai embora. O Dickon tá certo, se você ficar aqui, você só vai atrapalhar. Colin, já com raiva de seus amigos, resolve ir embora, pois ele não estava mais aguentando ver seus dois amigos contra ele mesmo.
Por outro lado, Mary e Dickon resolvem esquecer o acontecimento e seguem em frente. Depois de umas 3 horas eles encontram o aviador procurando o Pequeno Príncipe.
– Finalmente eu encontrei alguém, por favor me ajudem, eu preciso encontrar o Pequeno Príncipe. – fala o aviador chegando perto de Dickon e Mary
Os dois aceitam na hora sem cogitar, pois estavam doidos para conhecer o tão famoso Pequeno Princípe.
No caminho eles iam conversando várias coisas e o principal assunto era a aparência do Pequeno Príncipe.
– Ele é um menino bem simpático, adora conhecer gente nova e a principal coisa, ele adora fazer perguntas – comenta o Aviador – ele tem um cabelo loiro meio espetado, é branco e tem olhos azuis.
– Nem conheço ele e já acho ele uma pessoa maravilhosa – fala Mary olhando para Dickon.
– Daqui a pouco a gente conhece ele, vamos encontrar ele super rápido.
Capítulo 4: o encontro
No meio do caminho eles conhecem uma menina chamada Maitê, ela tem 18 anos, tem cabelos longos e lisos, de um tom castanho claro com reflexos dourados e que gosta bastante de arte.
– Prazer, meu nome é Dickon e o dela é Mary – ele fala sendo super simpático
Ela se apresenta e eles continuam a viagem conversando bastante com a Maitê.
– Ela tem cara de ser uma pessoa super legal e bem comunicativa – comenta Dickon, enquanto olha a Maitê conversando com o aviador.
– Preciso conhecer ela ainda mais para falar o que eu acho. – ela fala pegando na mão dele – mas mudando de assunto, eu tô um pouco cansada, vamos parar um pouco.
Eles aproveitam que estava tendo uma sombra e param para comer, enquanto continuavam a conversa. Maitê começou a se aproximar mais de Dickon, rindo das piadas que ele contava e fazendo perguntas sobre suas experiências. Mary, percebendo a química entre eles, sentiu um frio na barriga.
– Então, Dickon, o que você acha de arte? – Maitê perguntou, inclinando-se um pouco mais perto dele, com um sorriso cativante.
– Ah, eu gosto muito, mas acho bastante interessante! A arte tem uma forma incrível de nos conectar com o mundo — ele respondeu, visivelmente à vontade.
Mary, cruzando os braços, não conseguiu conter a expressão de descontentamento. Ela se virou para Maitê e, com uma voz tensa, disse:
– Você parece bem interessada nele, não é?.
Maitê levantou as sobrancelhas, surpresa, pois não esperava aquela atitude vindo de Mary.
– O que você quer dizer com isso? Só estamos conversando! Que eu saiba conversar com ele não é crime, meu amor.
– É, mas você está se interessando demais nele não acha – Mary respondeu, com seu tom carregado de ciúmes e com um olhar bem sério.
– Eu sou apenas amigável! Não tenho culpa se ele é fácil para conversar- rebate Maitê
Dickon percebeu a tensão que estava entre elas.
– Ei, pessoal, vamos nos acalmar. Estamos todos juntos aqui, só se divertindo.
Mas Mary não estava disposta a deixar passar.
– Eu só quero entender se você está interessada ou não, Maitê. Não é justo flertar com o menino que eu gosto assim! você mal chegou e já tá se achando a primeira bolacha do pacote.
A tensão estava no ar enquanto Maitê e Mary trocavam olhares super desafiadores. Dickon vendo aquela situação sentiu o ar tenso do momento, o ar que antes era leve agora estava com brigas que não iria se resolver tão cedo
– Gente, vamos parar de brigar. A gente está aqui para procurar o Pequeno Príncipe e não para brigar – comenta o Aviador tentando acalmar o clima tenso.
A Mary resolve sentar no canto dela enquanto o aviador ia conversar com a Maitê.
Ela mal chegou e já deu em cima de você, ainda na cara dura – fala Mary toda irritada enquanto Dickon a acalmava.
Capítulo 5: aparecimento do pequeno príncipe
Depois da briga da Maitê e da Mary elas se acalmaram e eles continuaram a viagem até que chega de noite e eles param para montar as barracas e irem dormir.
-Tá mais calma? – pergunta Dickon a Mary
– Mais ou menos, tô com raiva dela até agora.
– Mudando de assunto aquilo que você disse é verdade?
– O que especificamente? Eu disse tanta coisa
– Que eu sou o menino que você gosta.
– Não estava na cara? Faz tempo que eu gosto de você e eu já deixei isso na cara a muito tempo.
Dickon dá um sorriso pequeno e um selinho rápido em Mary.
Na manhã seguinte eles acordam, tomam café e juntam as coisas para seguirem viagem.
De repente eles avistam um menino pequeno loiro quando vão se aproximando, eles percebem que é o Pequeno Príncipe. Todos se olham aliviados e alegres por terem conseguido encontrar ele depois de tanto tempo.
– Finalmente eu te encontrei – fala o Aviador
o Pequeno Príncipe levanta feliz e o abraça.
– Fico feliz em saber que você veio me procurar. – O Pequeno Príncipe olha para Dickon – Quem são eles?
– São pessoas novas para você conhecer, eles me ajudaram muito enquanto eu te procurava. O menino é o Dickon, a com o cabelo liso é a Maitê, já a do lado do Dickon é a Mary.
O Pequeno Príncipe cumprimenta todos e eles começam a perguntar uns aos outros.
– Bem que a gente estava certo mesmo, ele é mais curioso que a gente – comenta Mary, fazendo Dickon concordar com ela.
– Fico feliz em saber que eu encontrei pessoas que são curiosos como eu – fala o Pequeno Príncipe olhando para Dickon e Mary.
Quanto mais eles andavam e conversavam, mais eles se achavam parecidos uns com os outros.
Já era de noite e eles já estavam no mesmo lugar que pararam da última vez.
Maitê se aproxima de Dickon e começa a puxar assunto novamente.
– Percebi que você não tem medo de viajar assim, bem que você poderia me ajudar a ser mais confiante igual a você. – fala ela pegando na mão dele.
Ela olhou nos olhos dele, um brilho de determinação na expressão.
-Sabe, eu admiro muito a sua coragem. Às vezes, acho que poderia aprender muito com você. Você tem essa confiança que me inspira. – fala ela se aproximando um pouco.
Ele sentiu um frio na barriga, mas tentou manter a conversa leve.
– É só uma questão de prática, realmente a gente não adquire isso de uma hora para a outra
– Quem sabe, um dia, eu possa viajar com você e aprender de verdade? Seria incrível ter alguém corajoso ao meu lado e que eu possa confiar – disse ela sem desviar o olhar, deixando ele meio pensativo
– Uma viagem entre amigos talvez, acho que assim seria melhor. – Ele fala e depois se levanta e vai ao lado de Mary.
No dia seguinte eles retomam a viagem, depois de um bom tempo andando eles chegam aonde o avião do Aviador estava.
para não deixar o aviador na mão todos resolveram ajudar a consertar o avião
– Obrigado pessoal, se vocês quiserem eu posso dar uma carona para vocês, se quiserem é claro. Assim é bom que no caminho eu vou ter companhias novas até um certo ponto – comenta o Aviador fazendo eles aceitarem.
Enquanto o sol estava indo embora no deserto de Oz, tingindo as areias de dourado, Mary, Dickon e Maitê estavam ao lado do Aviador, que preparava seu avião. O vento quente trazia as boas lembranças de onde suas risadas tinham passado
– Prontos para voltar para casa? – Perguntou o Aviador, com um sorriso acolhedor. – Espero que, o que vivemos aqui seja apenas o começo de boas lembranças.
– Não quero esquecer nada – disse Maitê, olhando para as dunas que se estendiam como um mar dourado. – Principalmente os momentos bons.
– Levar isso com você é essencial – respondeu o Aviador.
Enquanto eles subiam a bordo, Mary olhou pela janela e viu o brilho do deserto agora maior ainda.
Dickon olhando para o deserto comentou:
– Até que foi legal aqui, tirando algumas partes que deu um pouco errado por causa da briga, mas tirando isso deu tudo certo.
O Aviador deu a partida no motor, e o avião começou a decolar. A sensação de estar voltando para casa estava deixando todos alegres, lá de cima, o deserto parecia um quadro de beleza infinita. O Pequeno Príncipe estava mais animado que todos dentro do avião.
Enquanto a aeronave se afastava do deserto, Mary, Dickon e Maitê sentiram que a verdadeira aventura os aguardava. Eles só não imaginavam que iria acontecer muita coisa pela frente.
Capítulo 6: de volta ao pantâno
Chegando perto de Misselthwaite Mary, Dickon e Maitê decidem pegar um carro para atravessar o pântano. Chegando na mansão, Martha e Colin já estavam esperando os três na porta. Assim que Mary, Dickon e Maitê desembarcaram do carro, Colin os recebeu com um sorriso lindo. Mesmo ele estando bravo com Dickon e Mary ele os comprimentou como se nada estivesse acontecido há alguns dias atrás.
– Finalmente vocês chegaram, achei que não iriam chegar nunca. – fala Martha super feliz com a chegada deles.
Martha, depois de alguns minutos conversando com eles e conhecendo a Maitê, pega as malas deles para levar para o quarto de cada um.
Colin, por sua vez, resolve apresentar a casa para a integrante nova que foi um amor de pessoa com o mesmo.
Colin, animado com a nova companhia, levou a integrante nova para um tour pela casa. Enquanto caminhavam pelos cômodos, ele não pôde deixar de notar como ela se interessava por cada detalhe.
– Essa é a sala de estar, não nos acostumamos a vir muito aqui, mas é um bom lugar para ficar – disse ele, apontando para o sofá confortável.
Maitê sorriu, observando as prateleiras repletas de livros bem interessantes e bonitos.
– Você gosta de ler?”
– Adoro. Cada livro aqui tem uma história bem interessante e que prende a pessoa ao começar a ler. – respondeu Colin, com um brilho nos olhos.
Eles passaram para a cozinha, onde um cheiro maravilhoso de café fresco ficava no ar.
– Aqui é onde a Martha faz as mágicas dela – brincou ele, indo em direção ao fogão. – Eu me arrisco a dizer que faço algumas receitas.
– Espero que você não seja aquele homem que sai queimando as coisas quando cozinha – riu Maitê, criando uma conexão imediata.
Enquanto exploravam o jardim, Colin sentiu-se livre para se abrir de uma forma que não esperava. Depois de um tempo que ele estava mostrando o jardim para Maitê, eles encontram Mary acompanhada de Dickon e Martha.
– Que bom encontrar vocês aqui – fala Colin dando um pequeno sorriso.
Depois de um tempo de conversa, Colin vê a necessidade de conversar com Mary para botar as coisas nos lugares.
– Martha, você pode nos deixar a sós por um momento? – Colin pediu, tentando manter a calma.
Martha assentiu e saiu, levando Maitê com ela. Dickon, percebendo a necessidade de espaço, também se afastou, mas ficou perto o suficiente para ouvir. Mary cruzou os braços e olhou fixamente em seus olhos
– O que você quer, Colin?
– Quero que a gente resolva isso – ele respondeu com um tom de que queria que tudo fosse resolvido. – Não posso ficar assim com esse peso na minha consciência.
– Resolver isso como? Não tem como resolver. – Mary disparou, um pouco brava, claro. – Você não para de ser um menino mimado e bipolar que em uma hora fala que quer fazer alguma coisa e na outra fala que já não está mais afim.
– Você ficou do lado do Dickon em vez de me apoiar. Como você espera que eu me sinta? Eu só queria que você tivesse ficado ao meu lado.
– Não é isso, Colin! Você sempre espera que eu esteja do seu lado, mesmo quando está errado!
– Eu só queria que você me apoiasse! você sempre fica do lado dele desde que o conheceu, eu nunca vi você ficando ao meu lado. Esse menino nem te conhece direito e você já está assim.
– Eu, pelo menos, fico no lado de uma pessoa que está certo e que não é mimado e insuportável igual você está sendo nos últimos meses, afinal deve ser por isso que sua mãe não aguentou e te deixou sozinho com o seu pai.
– Pelo menos eu tenho meu pai, diferente de você que tem que morar com um conhecido do seu pai, afinal eu não sei dá onde meu pai tirou essa ideia de que eu era seu primo.
Colin, depois de terminar de falar, não espera nem a resposta de mary e volta para dentro da mansão.
Mary, por sua vez, não tolerava que falassem de sua mãe, pois a mesma não teve a oportunidade de conhecê-la muito bem. Com a cabeça cheia tomou uma decisão inesperada: silenciar-se.
Enquanto as falas de Colin ainda rodeavam sua cabeça, Dickon a observava, dividido entre a decisão de confortá-la e o medo de que suas palavras pudessem machucá-lo.
Mary se perdia cada vez mais nas lembranças de cada palavra dita por Colin. A frustração e a raiva borbulhavam dentro dela, cada minuto que se passava era como uma chama prestes a consumir.
Dickon, incapaz de se mover, sentia a pressão do momento. Cada segundo que passava parecia um tormento não só a ele e sim a Mary. Ele se perguntava se algum dia conseguiria quebrar aquela armadura emocional que Mary havia construído.
O peso da dor dela era inexplicável, e ele sabia que, por trás da sua indiferença, havia uma menina de 17 anos, pronta para explodir com quem aparecesse na sua frente.
Naquele instante, o silêncio de Mary não era apenas uma ausência de palavras; era uma pessoa desesperada por compreensão.
E enquanto ela olhava para o vazio, Dickon percebeu que as palavras mais poderosas muitas vezes eram aquelas que nunca foram ditas.
Capítulo 7: A notícia
Mary e Colin sempre foram grandes amigos, Desde que se conheceram, estavam sempre compartilhando risadas, segredos e sonhos. Praticamente cresceram juntos em Misselthwaite, onde passavam horas fofocando ou até mesmo no jardim. No entanto, tudo mudou na ida ao deserto quando uma certa discussão desfez a amizade que sempre houve entre eles. Desde a ida ao deserto, Colin havia se afastado por opção de si mesmo, deixando Mary confusa. O que antes era uma amizade linda, agora parecia um campo de batalha silencioso onde ambos lutavam com suas emoções. As conversas que antes fluíam naturalmente agora eram interrompidas por um silêncio horrível.
Mary não entendia por que Colin era um menino tão mimado e bipolar. Era um dia normal e bem quieto quando Mary decidiu que não poderia mais suportar a sensação de coisa não resolvida. A inquietação a acompanhava, e ela sabia que precisava de respostas. Bem inquieta se dirigiu ao café onde sempre se encontravam com Colin. Ao entrar, o ar que antes era acolhedor agora parecia frio e distante.
Quando avistou Colin em sua cadeira, sentiu uma mistura de ansiedade e determinação.
– Colin – chamou, tentando manter a voz firme.
Ele a olhou com uma expressão que misturava surpresa e desconforto.
– Precisamos conversar, não é de hoje que a nossa conversa está pendente.
Colin por sua vez aceitou e se arrumou na cadeira enquanto Mary estava se sentando.
Mary começou a falar, gaguejando um pouco, mas mesmo assim ficou bem segura no que iria falar.
– Sinto que não podemos andar assim. Não sei por que aconteceu isso entre nós, mas quero resolver o mais rápido possível.
Colin hesitou, os olhos fixos no chão. Ele sabia que precisava se abrir, mas as palavras pareciam presas em sua garganta.
– Eu… eu só precisei de um tempo, eu realmente não estava bem – ele finalmente respondeu, a voz baixa e cheia de peso. – As coisas têm sido difíceis para mim, ainda mais depois de ver você do lado dele.
– Você sabe que não precisava ficar assim Colin, se você estava com ciúmes não precisava esconder, eu não ia te julgar.
Com um suspiro profundo, Colin começou a desabafar e falar que os ataques de ciúmes eram porque ele não suportava os dois juntos, porque realmente gostava dela.
Com a conversa fluindo, Colin percebeu que estava perdendo uma amizade incrível por ciúmes besta.
Após altas conversas com Mary, eles perceberam que já estava bem tarde e era hora de voltar, pois uma das regras que tinha na casa, era que, eles tinham que voltar cedo à mansão.
Porém, enquanto se despediam, um evento trágico e inesperado estava prestes a acontecer.
Mary decidiu voltar para casa a pé, mesmo após muitos pedidos de Colin para dar carona.
Sentindo-se leve e cheia de esperança. O caminho parecia mais bonito sob a luz da lua, e ela pensava em como a conversa com Colin havia mudado tudo. As árvores balançavam suavemente com a brisa, e o céu estava repleto de estrelas.
Mas, ao atravessar uma rua movimentada, um carro desgovernado surgiu de repente, e Mary não teve tempo de reagir. A colisão foi brutal.
Ela foi arremessada ao chão, e tudo ao seu redor se apagou. Os sons da cidade, que antes eram familiares e reconfortantes, tornaram-se um barulho insuportável e bem aterrorizante.
Colin, que ainda estava próximo do café, ouviu o barulho ensurdecedor e correu na direção da cena.
Seu coração disparou ao ver Mary caída, cercada por pessoas apavoradas.
Quando ele se deparou com o que tinha acontecido, ele se ajoelhou ao lado dela, com o desespero tomando conta de si próprio.
-Mary! Acorda! Por favor.
Enquanto Colin estava tentando acordar Mary ele ouve as sirenes da ambulância, mas tudo o que ele conseguia pensar se mary ficaria bem
No hospital, as horas se arrastaram. Colin sentou-se na sala de espera, a ansiedade estava consumindo ele, ele não conseguia tirar os olhos da porta, esperando que alguém aparecesse para dar notícias. Parecia que não ia passar nunca.
Ele se lembrava da conversa que tiveram.
-Por que isso aconteceu? – Ele pensava, a culpa e o desespero estavam invadindo seu coração.
Quando finalmente um médico apareceu, ele estava com um olhar sério e com tom grave já diziam tudo.
-Sinto muito. A pancada que ela tomou deixou ela em coma, ela não tem notícia de acordar tão cedo.