Por Shirlei Oliveira
Seria errado trancar a porta?
Se fazer invisível do nada?
Passar pela vida sem ser notada?
Pra poder sobreviver calada?
Ou talvez a escolha do andarilho,
Que não para em lugar nenhum,
Seja pra preservar seu brilho,
Se esquivando da multidão!
Encarar a vida de frente é preciso,
Mas tem coisas que nos tiram a energia,
Ate o sabor do seu sorriso,
Então, fugir do absurdo não é o mal,
E sim encarar a muralha fria e cruel,
Apenas pra nessa roda insana,
Se sentir uma pessoa normal?
Shirlei Oliveira, Jornal Choraminhices.
Uma fuga revela suas dores e expressões contidas nessa poesia, um olhar frio e cruel assimila os perversos e pessoas cruéis como Idi Amim e Hitler, Mao Tsé Tung e outros também no passado.
Mas a poesia cuida de revelar bons momentos em que uma poetisa vive como um retrato ou um espelho estilhaçado cheio de verdades como diz um conto persa.
Segue a virtude de Mallarmé e Rimbaud, quando fala do andarilho é possível lembrar de Baudelaire, e seu flanêur em uma grande cidade.
Nesse ponto, tenho muito que agradecer pela poetisa e sua poesia que sempre nos encanta e abre nossos olhos para diversas realidades ao nosso redor.