Tremembé, meu amor

Por Davambe.

 

Que tal uma sessão de cinema, uma pipoca?

Como pode o lançamento de um filme mobilizar tanta gente? Foi sob aplausos, em sessões disputadas, que estreou, no dia 15.09, Tremembé, meu amor, um documentário que conta a história do bairro e seus moradores. O Tremembé está localizado na zona norte da capital paulista. O filme, dirigido pelo cineasta Humberto Borges, foi exibido na Casa de Cultura, em Tremembé. Selecionado entre vários para ser patrocinado pelo Banco de Fomento da Prefeitura Municipal de São Paulo, será exibido em escolas, bibliotecas e TVs educacionais.

Para o diretor do filme, o principal objetivo é o registro da memória do bairro e de seus habitantes. “O trabalho exigiu muita transpiração, foram mais de três anos de pesquisas e seleção de acontecimentos. Estamos trabalhando com época de 1900 até os dias atuais. São depoimentos e fotos das pessoas que aqui chegaram, adotando o local. Sou residente de longa data também. Agradeço a acolhida. Temos muitas histórias e pouco tempo, de modo que o tempo do filme é insuficiente, por isso resolvemos ampliar mais”, comenta, feliz, Humberto.

Segundo ele, uma pessoa sem história é uma pessoa sem vida, e o documentário é a possibilidade de regressar no tempo, resgatar a memória e a história de um povo, pessoas que adotaram o local, construíram suas casas e vida em Tremembé. Como não podia ser diferente, o bairro está em transformação para acomodar o Rodoanel, o que acabou criando mal-estar entre os que não simpatizaram com o desmatamento da região.

“Há muito que contar, mas tivemos que resumir o filme, nem todos puderam participar, entretanto estamos trabalhando para ampliar a exibição.”

Para Claudia Moraes Fernandes, representante da Secretaria da Cultura, o filme é um presente em momento oportuno. É rico em detalhes, por isso foi escolhido. A intenção do governo municipal é divulgar histórias dos bairros da capital. O material selecionado fará parte do acervo e será disponibilizado a qualquer cidadão que requisitar na Secretaria da Cultura, situada à Rua São João, região central de São Paulo.

O documentário tem como roteirista Anahi Borges, que agradeceu às autoridades pelo apoio e à comunidade pelo prestígio.