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Por Davambe
O escritor moçambicano Mia Couto, um dos ícones da literatura de língua portuguesa, esteve em São Paulo para lançamento do livro “Cada homem é uma raça”. Autor conhecido dos brasileiros pelos seus excelentes textos literários e por sua invenção de linguagem, lotou auditórios por onde passou. Nossa reportagem acompanhou-o em dois eventos, na Universidade de São Paulo e no Sesc Consolação. A presença maciça dos fãs demonstra apreço e interesse pela literatura. O paulista lê cada vez mais? A literatura nos faz companhia no nosso caminhar. Mia é um desses escritores que conseguem dar voz aos textos. Não é por acaso que recebeu em junho o Prêmio Camões 2013.
Quando Moana de Lima e Silva, 32, doutoranda em letras, ficou sabendo pelo site da FFLCH, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, que Mia Couto estaria na Instituição no dia 16.08.2013, não hesitou em reservar hora em sua agenda para assistir à palestra.
“Sou uma fã da obra de Mia Couto desde a minha formação acadêmica na graduação. Em minha pesquisa de doutorado, trabalho com a minoria indígena, e por isso identifico-me muito com a obra desse autor, ao relacionar as questões étnicas africanas com as indígenas em nosso país.”, acrescentou ela.
Os textos do escritor moçambicano são envolventes, tocam o coração do leitor ao se aproximar através de identificação, dando voz à escrita. Fazem-nos viajar na imaginação. Quando o conto escolhe o contista, fica-se sem saber o que é real e o que é ficção. Talvez seja este o momento em que o leitor não quer acordar, mergulha profundamente na leitura, identificando-se e se envolvendo com a escrita. O que seria do homem sem literatura?
“Para mim, literatura é prazer, realização pessoal e crescimento intelectual, mas não é o meu objeto de estudo. Atualmente, os brasileiros têm lido mais, isso é evidente… Porém, ainda falta muito a ser desenvolvido nos campos cultural e educacional de literatura e artes; e também não podemos deixar de mencionar que os livros em nosso país são caros, o que certamente se torna um empecilho para grande parte da população assalariada, que não tem condições de comprar as obras.”
“A valorização e o resgate das raízes culturais do povo moçambicano, e, por extensão, da África como um todo, mostrando as particularidades desses indivíduos e sua interação social de uma forma mágica, poética e contagiante, estão presentes em suas obras.”, concluiu Ana Paula.
Mia Couto, pseudônimo de António Emílio Leite Couto, é biólogo e escritor, sócio correspondente, eleito em 1998, da Academia Brasileira de Letras, sendo sexto ocupante da Cadeira 5, que tem por patrono Dom Francisco de Sousa. Seus livros foram publicados em mais de 20 países. Principais premiações:
• 2013 – Prêmio Camões 2013;
• 2012 – Prêmio Eduardo Lourenço 2011;
• 2007 – Prêmio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura, na Jornada Nacional de Literatura;
• 2007 – Prêmio União Latina de Literaturas Românicas;
• 2001 – Prêmio Mário António, pelo livro “O último voo do flamingo”;
• 1999 – Prêmio Vergílio Ferreira, pelo conjunto de sua obra;
• 1995 – Prêmio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos.
Por Davambe
O escritor moçambicano Mia Couto, um dos ícones da literatura de língua portuguesa, esteve em São Paulo para lançamento do livro “Cada homem é uma raça”. Autor conhecido dos brasileiros pelos seus excelentes textos literários e por sua invenção de linguagem, lotou auditórios por onde passou. Nossa reportagem acompanhou-o em dois eventos, na Universidade de São Paulo e no Sesc Consolação. A presença maciça dos fãs demonstra apreço e interesse pela literatura. O paulista lê cada vez mais? A literatura nos faz companhia no nosso caminhar. Mia é um desses escritores que conseguem dar voz aos textos. Não é por acaso que recebeu em junho o Prêmio Camões 2013.
Quando Moana de Lima e Silva, 32, doutoranda em letras, ficou sabendo pelo site da FFLCH, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, que Mia Couto estaria na Instituição no dia 16.08.2013, não hesitou em reservar hora em sua agenda para assistir à palestra.
“Sou uma fã da obra de Mia Couto desde a minha formação acadêmica na graduação. Em minha pesquisa de doutorado, trabalho com a minoria indígena, e por isso identifico-me muito com a obra desse autor, ao relacionar as questões étnicas africanas com as indígenas em nosso país.”, acrescentou ela.
Os textos do escritor moçambicano são envolventes, tocam o coração do leitor ao se aproximar através de identificação, dando voz à escrita. Fazem-nos viajar na imaginação. Quando o conto escolhe o contista, fica-se sem saber o que é real e o que é ficção. Talvez seja este o momento em que o leitor não quer acordar, mergulha profundamente na leitura, identificando-se e se envolvendo com a escrita. O que seria do homem sem literatura?
“Para mim, literatura é prazer, realização pessoal e crescimento intelectual, mas não é o meu objeto de estudo. Atualmente, os brasileiros têm lido mais, isso é evidente… Porém, ainda falta muito a ser desenvolvido nos campos cultural e educacional de literatura e artes; e também não podemos deixar de mencionar que os livros em nosso país são caros, o que certamente se torna um empecilho para grande parte da população assalariada, que não tem condições de comprar as obras.”
“A valorização e o resgate das raízes culturais do povo moçambicano, e, por extensão, da África como um todo, mostrando as particularidades desses indivíduos e sua interação social de uma forma mágica, poética e contagiante, estão presentes em suas obras.”, concluiu Ana Paula.
Mia Couto, pseudônimo de António Emílio Leite Couto, é biólogo e escritor, sócio correspondente, eleito em 1998, da Academia Brasileira de Letras, sendo sexto ocupante da Cadeira 5, que tem por patrono Dom Francisco de Sousa. Seus livros foram publicados em mais de 20 países. Principais premiações: