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Por Davambe
Para Jessé Salvino Cardoso, 29, professor de Língua Portuguesa, aquele que ensina nosso idioma é guardião da nossa Língua. Não está na sala de aula para dizer o que é errado e o que é certo, mas para fazer lembrar as diversidades e variações de nossa Língua Portuguesa, mesmo aqui no Brasil. As pessoas no Rio de Janeiro se expressam de forma diferente das de Minas Gerais, cujas formas de expressão, por sua vez, são diferentes das encontradas no Rio Grande do Sul. O professor está na classe para fazer eliciação das diferenças e indicar o caminho para adequação do discurso, de acordo com cada classe que estabeleceu o contrato social de comunicação e a norma vigente para o entendimento de todos os brasileiros. Aquela que é a língua-padrão para o entendimento de todos. Se alguém falar “aipim” ou “macaxeira”, deve-se entender que se trata de “mandioca”. É muito importante perceber as variações para adequar o discurso de acordo com o aluno e com o contexto.
“A escola e a igreja são santuários de conhecimento, embora cada um siga sua linha. Refugio-me nessas duas entidades com muito prazer. Comecei a dar aulas na igreja aos 13 anos de idade. Encontrei na escola a oportunidade de continuar dando aulas. Gostei. Estou certo de que o professor é um dos que deve estudar continuamente. Não pode parar de estudar. A educação continuada para mim é importante por causa da reciclagem. O professor deve estar antenado, continuamente. Sem isso, não dá para ser professor. Ele é um leitor assíduo, seja de bula de remédio ou de placa indicativa de rua. Nosso país é privilegiado por ter grandes escritores como Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, entre outros. Acho que somos de sorte. São escritores cujas escrituras dialogam com diversas áreas de atuação. ”, acrescenta ele.
“Tem-se a impressão de que os pais terceirizam a educação, deixam os avós, os irmãos mais velhos, os vizinhos para cuidarem da educação de seus filhos, ou simplesmente os largam para a escola. Isso é estranho. O compromisso com a formação do cidadão é dos pais, e é extensivo à comunidade.”, continua ele. “Não valorizar o professor é terrível, é como construir casa sem alicerce; ficamos reféns do vento? Nos dias atuais, só é professor quem realmente gosta de dar aulas. Sou religioso, demais, até. Acho que um dia Deus trará luz e todos valorizarão o professor. Quando isso acontecer, todos sairemos ganhando. Será o Brasil mostrando a sua cara ao mundo. Ninguém procurará culpar o professor. Faço pós em Literatura e Estudos Linguísticos como continuação dos meus estudos porque quero entender a arte e quero poder ajudar da melhor forma possível.”
Segundo Jessé, quem é licenciado em Letras pode atuar como professor de Língua Portuguesa, de Redação e de Literatura, como revisor de textos e na crítica literária, no desenvolvimento de pesquisas para elaboração de livros didáticos, entre outras atividades.
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