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O Beija-flor Encantado

 “Mas que coisa é essa que rebola de um lado à outro como pêndulo? Emitindo barulho ensurdecedor e algo que dificulta a respiração, meu Deus.” Essa foi a pergunta que ele fez, quando de repente se viu dentro do baú de um caminhão em movimento. Ele, Beija-flor encantado, cheio de pampa, saúde, asas, pêlos e encantamentos. Vivia em uma densa floresta, cercado de alegria, felicidade e amor. Mas naquele dia, quando estava debruçado sobre a flor encantadora, perdeu o equilíbrio e caiu justamente no momento que o caminhão estava a passar debaixo da árvore. Não teve chance de sair, sua asa machucada não podia voar. Tentou com muita dificuldade equilibrar-se, mas a movimentação do baú só piorava a situação. Foi então que não podendo nada fazer, aceitou o risco e começou a cuidar do lado acidentado. Enquanto isso, o caminhão continuava acelerado, só o condutor sabia a quanto andava a velocidade, muitos ficaram para trás.

Uma hora se passou, outra hora se somou à primeira, passou também e foi aquele amontoado de horas uma se somando à hora. Era dia que se revezava com a noite, até que num desses revezamentos a asa estava em condições de se movimentar sem dor. Foi então que o Beija-flor encantado decidiu ensaiar os primeiros passos para sair do baú. Tentou a primeira vez, mas não conseguiu, se esborrachou na parede. Enquanto o dia e a noite se trocavam. Mas o Beija-flor não desistiu, foi tentando, até que na sétima tentativa voou para fora do caminhão.

“Deus seja magnificado!”, foi a primeira reação após a liberdade, ao se deparar com a nova floresta. O novo habitat estava lá, a parecer esperar por ele. Encantou-se, glorificou a Deus por aquela chance de recomeçar. Era um mato espetacular, havia água em abundância, infinitas espécies de seres, abundância de alimento e para o seu encanto: flores, mais flores, de cores variadas. Cantava Sabiá, Curió e a noite era aquele coaxar de rãs, que a primeira vista incomodava, mas que foi fazendo parte das coisas boas do local: “Deus é bom, demais até!” concluiu ele, enquanto se ajeitava para tomar posse.

Beija-flor demarcou o seu terreno não. Parecia realmente livre e tudo que era flor a si pertencia, entretanto, no terceiro dia teve uma surpresa desagradável, ao conhecer alguns amigos foi adentrando a floresta para um reconhecimento mais profundo. Assim, quando o Gavião o viu lambeu a língua que já estava a salivar. Beija-flor se desesperou, mas foi sendo tranquilizado pelos amigos que o seguravam pelo bracinho. Não acreditou escapou e…

… Continua …