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Por Davambe.
O que a natureza diria se tivesse que falar do ser humano? O ser humano segue convivendo harmoniosamente com todos os elementos da natureza em sua volta. Respeitar a natureza e o próximo é como respeitar a si. Há coisa que chegamos a fazer sem nos dar conta, como fechar os olhos, acordar, escovar os dentes e seguir o caminho de sempre rumo à escola ou ao trabalho. Nossos pais nos ensinaram desde os primeiros passinhos a caminhar para uma longa jornada da vida. Um caminhar não tão curto quanto passo de pombo, talvez um pouco longo como o passo do próprio homem. Para Anália Tahara, 46, arquiteta, não foi diferente: “Meus pais são meus grandes mentores no agir tão automático no meio ambiente. Esse procedimento passou a ser normal. Nunca pensei em questões ecológicas, mas vivo na ecologia, sou parte dela. Desde criança meus pais ensinaram-me a importância da coleta seletiva do lixo, como depositar tudo o que é papel em um recipiente, o que não é papel em outro e assim por diante. Até onde me lembro, em casa sempre tivemos recipientes diferenciados para cada tipo de lixo. Independentemente do valor ecológico, meus pais me ensinaram que nem todo lixo é igual. As embalagens de caixinhas de suco ou leite e de enlatados como tomate ou sardinha precisam ser lavadas para ajuntamento, enquanto aguardam o dia de recolhimento para o posto de coleta”.
Separar lixo, porém, é desafio para quem não está acostumado. Ter cuidado de levar o material até achar o depósito adequado também não é fácil. Será que todos têm essa preocupação? “Pode parecer pouco, mas se cada um de nós cuidar do seu lixo é uma grande contribuição para a natureza. Já vi gente jogando lixo pela janela do carro em pleno movimento. Imagina que exemplo passamos as nossas crianças. Tenho consciência que esse lixo muito rapidamente estará detonando a natureza, pois logo haverá chuva que levará todo o lixo para os bueiros. Haja galerias para tudo isso! Depois ficamos lamentando pela má sorte quando tudo transborda ao primeiro sinal de chuva”, continua Anália.
Segundo ela, os mais velhos são os maiores influenciadores dos pequenos. O homem em si é uma biblioteca, possui registro de memória, e os mais novos são observadores dos que vieram antes. É neles que se espelham. Os pequenos buscam exemplos das pessoas com quem convivem e tentam segui-los atentamente, de modo que nossas ações são muito importantes, pois é com base nelas que os meninos vão se tornando homens. Se a influência for boa, torna-se mais fácil a pessoa se adequar ao sistema onde vive. “Quando tomei consciência das minhas ações de viver separando lixo, deparei-me com um dilema: quem poderia recolher esse lixo? Na minha rua passava o lixeiro comum e por perto não havia recipiente para depositar lixo com pilhas, por exemplo. Não foi fácil, tive que recorrer à internet para saber onde poderia levar o meu. Por sorte, em Santo André há a Semasa, que disponibiliza recipientes separados por tipo de lixo. Costumo levar o lixo para eles.”
A experiência de separar o lixo acabou sendo implantada em seu escritório, onde manipula um volume considerável: “Como desenvolvemos projetos de montagem de cenários, eventos, exposições e workshops, usamos materiais diversos, como ferro, madeira e isopor. Acabam sobrando. No final do evento nem tudo é reaproveitado, então vai para o lixo. Separamos por tipo. Procuramos empresas que possam recolher. A Semasa e a Sucata, daqui de Santo André, acabam colaborando para a canalização do nosso lixo. Seria muito mais interessante se cada fornecedor pudesse receber o nosso lixo de acordo com material que forneceu. A empresa que fornecesse vidros poderia aceitar tudo que fosse vidro, o fornecedor de madeira os resíduos de madeira, o de ferro idem. Assim não precisaríamos nos deslocar até a Semasa. Bastaria ligar para o fornecedor para buscar”.
E acrescenta: “A ideia de não deitar lixo em qualquer espaço é importante, mantém áreas limpas e saudáveis. Quando você entra no metrô, por exemplo, jogaria papel no chão? Nem pensar! A conservação sugere limpeza. Quem tomasse a iniciativa de jogar papel ao chão com certeza não se sentiria bem. Então, a pessoa não joga o lixo no chão. Leva-o consigo para depositá-lo no recipiente adequado”.
Quando Anália se depara com lixo que nunca viu antes, tem a internet como aliada para pesquisar quem na redondeza poderá receber os resíduos: “Acabo usando o meu próprio carro para levar se eles não têm ninguém para buscar”.
Anália comenta sobre a importância da educação nesse processo: “Nossas crianças deveriam aprender desde cedo a lidar com coleta seletiva e reciclagem. Um dos aliados é a própria escola, já que a criança fica muito tempo nela. Uma sugestão seria organizar a visita de uma empresa que fabrica celular ou pilha para explicar como trata os aparelhos obsoletos recolhidos dos clientes. Há o conteúdo dos próprios celulares que poderiam focar nos jogos que enfatizassem a sustentabilidade, sei lá. Acho que o pessoal da área pedagógica deveria se mobilizar para motivar os continuadores a refletirem suas ações no meio em que vivem. Quem vê de longe, acha que a ação é infinitamente insignificante, mas se todos fizerem serão todos trabalhando para o bem comum. Os mais velhos, a escola e os mais novos devem se unir para cuidar de um dos parceiros do caminho: a natureza”, conclui.
Segundo Sandra Feliciano, da Sucata Eletrônica, sua empresa está disponível para retirar material eletrônico e de informática na Capital e Grande São Paulo. O interessado poderá agendar a data de retirada.
Alguns postos de coleta seletiva:
SEMASA
http://www2.semasa.sp.gov.br/node/110
Av. José Caballero, 143 – Centro – Santo André – SP – CEP 09040-210
Sucata Eletrônica
http://www.sucataeletronica.com.br
Telefone: (11) 4108-7210 / Cel: (11) 98965-9312