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É só uma prancha com rodinhas?

Por Maycon Diego.

A partir da década de 1980, um esporte cresceu consideravelmente no Brasil. Impulsionado por ídolos de expressão mundial como Bob Burnquist e Sandro Dias, o Mineirinho, o skate ganha a cada dia mais adeptos. Os eventos relacionados a essa modalidade esportiva, como os X Games, atingem lotação máxima. Quase a totalidade desse público é formada por jovens. Eles são atraídos pela mistura imperdível de música alta, esporte e diversão.

Mas nem tudo é alegria para essa turma. O skate ainda é bastante marginalizado. Os praticantes sofrem preconceito de boa parte da sociedade, que os enxerga como deturpadores da ordem pública, pois, na maioria das vezes, praticam seu esporte na rua. “Sofremos muito preconceito, somos tachados de vagabundos, arruaceiros e até de usuários de drogas.” – disse o jovem Raphael, que pratica o esporte desde os 13 anos de idade.

Assim como ele, a maioria de seus colegas sonha em ir longe dentro do esporte. Almejam uma profissionalização da modalidade. Segundo Raphael, o skate é bem mais do que uma prancha com rodinhas, “skate é filosofia de vida”, afirma.

Mesmo com as adversidades, eles não pretendem parar com a prática esportiva. Ele e todos os seus colegas lutam por uma pista de skate na cidade. “São Roque precisa de uma pista adequada. Principalmente por questões de segurança. Hoje temos que andar na rua e improvisar com blocos de concreto”, completa.

Assim como São Roque, a maioria dos municípios brasileiros não oferece condições ideais para esses jovens se aperfeiçoarem no esporte. A falta de locais apropriados tanto para a prática do esporte como para o lazer de modo geral pode levá-los a ficarem ociosos. A falta do que fazer pode ser uma porta de entrada para o mundo da criminalidade e para o uso de drogas.

A prática na rua, além de oferecer riscos de atropelamento, pode gerar transtornos, tanto para os praticantes quanto para outros moradores, que podem se incomodar com eles. Como não tem lugar adequado, os jovens afirmam que não irão parar de treinar as manobras, e que continuarão a reivindicar junto ao poder público que providencie locais apropriados para se desenvolverem na modalidade.

www.choraminhices.com.br.