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Por Jessé Salvino Cardoso.
Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.
Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.
Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média que já foi concluída, após ter falado muito sobre o Absolutismo.Agora irei falar dos ideais da Revolução Francesa e seu posterior entendimento a partir de uma visão social das classes baixas.
O que realmente norteou os Ideais da Revolução Francesa?
A monarquia absolutista que tinha governado a nação durante séculos entrou em colapso em apenas três anos. A sociedade francesa passou por uma transformação épica, quando privilégios feudais, aristocráticos e religiosos evaporaram-se sobre um ataque sustentado de grupos políticos radicais de esquerda, das massas nas ruas e de camponeses na região rural do país.As casas reais da Europa ficaram aterrorizadas com a revolução e iniciaram um movimento contrário que até 1814 tinha restaurado a antiga monarquia, mas muitas reformas importantes tornaram-se permanentes. O mesmo aconteceu com os antagonismos entre os partidários e inimigos da revolução, que lutaram politicamente ao longo dos próximos dois séculos.
Em meio a uma crise fiscal, o povo francês estava cada vez mais irritado com a incompetência do rei Luís XVI e com a indiferença contínua e a decadência da aristocracia do país. Esse ressentimento, aliado aos cada vez mais populares ideais iluministas, alimentaram sentimentos radicais e a revolução começou em 1789, com a convocação dos Estados Gerais em maio.
Ao longo dos últimos séculos o lema “liberté, égalité, fraternité” (em francês, liberdade, igualdade,fraternidade) é utilizado constantemente para resumir os ideais da Revolução Francesa (1789-1799). Durante a Terceira República francesa, tal lema foi institucionalizado, tornando-se símbolo de estado. Sua forma original era “liberté, égalité, fraternité ou la mort” (liberdade, igualdade, fraternidade ou morte). Em 1791, um membro do clube dos Cordeliers propôs que o lema fosse adotado na próxima Festa da Liberdade (festa criada pela Convenção durante a Revolução Francesa, com data fixa no calendário republicano). A frase “Liberdade, Igualdade, Fraternidade ou Morte”passa a ser lida em todas as fachadas de prédios públicos, sob as ordens do prefeito de Paris, para lembrar às pessoas dos princípios básicos da Revolução.
Após o período da Revolução marcado por perseguições e execuções conhecido como o “Terror” (1793-94), o termo “morte” começou a ser bastante associado com tal fase obscura, acabando por ser omitido.A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na sua versão original de 1789 ou nas seguintes, de 1793 e 1795 trazem um conjunto de definições perfeitas para o esclarecimento dos termos utilizados no lema.
O conceito de liberdade, por exemplo, pode ser definido de acordo com o artigo sexto da versão de 1793, da seguinte forma:
“A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique os outros:. Assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem ou mulher não tem limites que não sejam os que garantem outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos”
Já o segundo termo, igualdade, é definido no artigo terceiro da mesma carta como:
“Todos os homens são iguais por natureza e perante a lei.”
A Declaração de 1795 traz ainda, no seu artigo terceiro, que:
“A igualdade consiste em uma lei que seja a mesma para todos, seja ao proteger, seja ao punir. A igualdade não admite qualquer distinção de nascimento ou herança de poder.”
O terceiro conceito do lema, a fraternidade está bem definido em uma parte do artigo sexto da declaração de 1793:
“Não faças aos outros o que você não gostaria que fizessem a você, faça o bem aos outros à mesma medida que gostaria de o receber.”
Em 1848, Charles Renouvier resumiu a filosofia do lema revolucionário em seu “Manual republicano dos Direitos Humanos e do Cidadão”:
“Os homens nascem iguais em direitos, ou seja, eles não exercem naturalmente dominação sobre outro. A lei, na República, não admite distinção entre os cidadãos pelo nascimento, ou por meio de herança de poder. A lei é a mesma para todos”. Caro leitor , esses príncipios valem ainda hoje. Ao que parece são valores antiquados na esteira de cada um deles , o cidadão comum é tratado de forma diferente de um político em repúblicas capitalistas, no caso da América Latina.Na época no fim do reina do de Luis XVI, mas tudo foi bem planejado para dar a nota final para os defensores do Absolutismo, o esforço foi tremendo por parte deles mas pode-se dizer que foi algo perdido.
Pare e pense leitor , os valores iluministas derrubaram a autoridade autocrática e se impuseram como horizontes democráticos de forma consistente.Caro leitor , você escolhe sua própria conclusão, em concordância com tudo que fora analisado nesta coluna, e não deixe de nos acompanhar por intermédio deste jornal Choraminhices , divulgue por meio das redes sociais, contamos com seu apoio.
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