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A Visão Menonita da Política

Por Jessé Salvino Cardoso.

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.
Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.
Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média que já foi concluída, e iniciamos o período moderno com uma breve explanação do livro O Príncipe de Nicolau Maquiavel e a partir dai a visão de Meno Simons acerca da política na Escócia , segundo os historiadores, parece que seguiu a mesma linha dos reformadores João Calvino e Martinho Lutero em outra perspectiva, esse reformador tem outro olhar acerca do assunto.

Em primeiro lugar, o reformador escocês tinha em vista desvencilhar de vez do mundo católico e também da dimensão temporal que demanda o poder político, nesse Meno foi prudente e eficaz ao tomar essa iniciativa em tonalidade sutil e exata á despeito da mentalidade dominante no povo escocês, em termos claros decidir não é assumir totalmente os riscos de um poder.

Por outro vemos o desafio que surge a cada momento, o reformador ainda analisou os riscos e desafios de tom político, sabia de forma lógica que a cada momento era necessário saber onde seria o caminho mais fácil de lidar com a política.
Segundo documentos teológicos da igreja Menonita, que foram visitados por mim, denota certo afastamento por parte dos menonitas no tocante a prática da política em seus quadros , segundo os mesmos, o principia foi alimentado pelo próprio fundador, seria um desafio aceitá-los em seus quadros e um entendimento mais aceitável desprezá-los também não um momento oportuno para isso.

Suponho também que esa visão especifica de Meno se deva aos escritos de Nicolau Maquiavel, em termos bem objetivos, essa fuga da política pondera-se uma visão platônica escondida em seus escritos tardios.
Mas ao ponderar sobre a política, Meno evidencia os riscos desastrosos de uma igreja em andar de braços dados com políticos, de acordo com seus pensamento e visão, ele anuncia uma revisão acerca disso e evitou pesados encargos que essa demanda gerou divisas e divisões pessoais.

Ele previu não só riscos inadequados que isso devia ocorrer e apresentou exatas linhas de críticas aos reformadores continentais que aceitavam os políticos em seus quadros eclesiásticos.

Meno também apresentou palestras acerca do assunto, essa visão vislumbra a força de um político tendo como auxilio um pastor ou pároco, via isso em hipótese como um desafio que a sua comunidade deveria atravessar ao longo de sua existência.

Os teólogos posteriores menonitas entenderam bem esse ponto de vista, e alicerçaram essa ideologia nos tratados teológicos da igreja, e encaminharam considerações e pareceres necessários ao crescimento da comunidade, alguns ainda punham nas considerações os aspectos bem relevantes como duplas cidadanias, o papel do cristão na sociedade entre outros aspectos.

Acresceram valores concretos dessa cidadania terrena e da celestial em termos bem claros, os teólogos viram que os menonitas deviam manter a distancia de certos assuntos polêmicos.

Meno dá dicas exatas como deveria ser o comportamento da comunidade a respeito dos enormes desafios que o mundo mostraria aos seus membros em questão de mudanças drásticas, sua percepção não falhou em nenhum momento.Essa preocupação demonstrou que ele estava em conexão com os movimentos dos reformadores no continente, em especial Calvino em Genebra a quem devia o corpo doutrinário. Não somente a João Calvino , e em partes a Martinho Lutero, a respeito de assuntos polêmicos, e recupera assim valores necessários para o futuro da comunidade.

Mesmo assim no fim dos dias, ele buscou amparo político para terminar seus escritos, temia que fosse mal compreendido por seus liderados nos momentos difíceis ao ser confrontado por outros teólogos e pensadores sobre essa realidade.

Buscou auxílio teórico em escritos de Erasmo, para embasar seus escritos tardios e analisou friamente os resultados que isso poderia dar a comunidade a quem foi confiado que cuidasse ao longo do caminho, concluo dizendo que Meno tinha razão de realizar tudo isso, e tudo ensinou para posteridade nesse propósito. A visão e as linhas de pensamento o ajudaram ao maturar ideias principais da sua igreja, e considerou todos os elementos com certa relevância e afinco , o zelo marcou sua geração.

A sabedoria e a prudência se fizeram parceiras e ajudaram ao reformador , evitando que ele viesse sofrer mediante uma análise acurada , e vejo caro que leitor que ele tinha razão em seguir a linha de pensamento dos reformadores continentais. Caro leitor, sempre acompanhe essa coluna por intermédio desse jornal.

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