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A Visão Anglicana da Política

Por Jessé Salvino Cardoso.

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.

Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média que já foi concluída, e iniciamos o período moderno com uma breve explanação do livro O Príncipe de Nicolau Maquiavel e a partir dai analisar agora a ótica da igreja anglicana acerca da relação igreja e Estado. Em termos práticos, diferente dos pensamentos dos reformadores João Calvino e Martinho Lutero que desejavam manter distância acerca da soberania do Estado. A fundação da igreja Anglicana se deu na conexão de política e religião no reinado do soberano Henrique VIII, nesse caso e o aspecto histórico.

Nessas linhas pode perceber que houve um retorno ao constantinismo trata-ser de um conceito que os anglicanos preservam bem, á priori deve-se entender que a igreja anglicana é uma organização estatal e que deve obedecer a rainha e ao poderoso arcebispo de Canterbury.

A visão anglicana acerca da política, de certo ponto vislumbra favorecer o papel do Estado britânico ao redor do mundo na expansão do poder político e financeiro.

O modelo visto em associar política e política teve assim péssimos desdobramentos ao logo da História, o rompimento do rei Henrique VIII tem como causa principal um casamento, e a retomada dos bens adquiridos da Igreja Católica em território inglês.

A concepção da igreja anglicana se deu com o teólogo Walter Traves que em concordância com os protestantes ingleses desejava seguir o grande modelo de Genebra, mas havia se esquecido de todos os detalhes necessários para administrar a situação em seu país.

Walter ao relacionar o poder temporal ao poder, cometeu uma pequena falha que deve ser considerada. A essência do poder causa riscos a quem idealiza nesse caso o teólogo corria riscos sérios em seu país, por essa razão teve que fugir para Alemanha com sua família. O rei Henrique VIII desejava que sua igreja mantivesse os elementos católicos, contudo fosse protestante em termos doutrinários, a maior dificuldade residiu nesse termo. O rei de fato queria algo difícil que debandou a milhares de puritanos, talvez o rei e seus teólogos não divisassem os funestos resultados.
Alguns resultados devem ser extraídos dessa ótica anglicana:

• Poder: qual a real essência do poder? Muitos fazem a mesma pergunta , ponderando essa pergunta requer um conjunto de respostas prontas para essa delicada pergunta, sabe-se que o poder em sua essência é religioso basta somente lembrar-se dos antigos xamãs e sacerdotes;

• Soberania: o que está em cheque exatamente e a soberania do rei Henrique VIII e da Coroa Inglesa, os cortesãos e os ideólogos quiseram criar uma nova prática de fé que atendessem as demandas reais;

• Devoção: a criação de nova igreja com elementos da antiga implicava uma nova forma de devoção, esconde também a ideia silenciosa de compromisso com Deus. Essa linha de pensamento é possível ser alinhavada mediante o esforço do rei e seus liderados para atender essa demanda e dar ao povo uma forma de novidade em termos religiosos. Há uma ironia aí escondida á sombra, ninguém obriga a outro seguir uma devoção ou crença, pois priva o outro de suas liberdades individuais. Mas nesse caso o rei impõe sua novidade religiosa ao povo inglês, sem perceber a maldade que estava armando contra si naquele momento.

O poder de um rei deve ser julgado por suas inúmeras decisões e ação imediata ou tardia ao longo do tempo não pode negar a decisão tomada por Henrique VIII, foi uma cisão necessária para sua retomada de poder como um rei que se sentia amedrontado pelo poder exercido pela Igreja Católica em suas terras.

A prudência realizou tomada de decisões de acordo, nesse caso o rei ou governante deve tomar decisões ponderando necessidade e realidades, Henrique VIII age nesse propósito, sem visualizar o resultado futuro, mas entende que as multidões buscaram uma pureza que a sua igreja jamais teria que enfrentar com divisões internas e crises entre seus ministros.

O rei agiu como um político experiente e não um pastor ou padre queria somente sua liberdade riqueza de volta e nada mais. A conclusão de toda essa analise sugere que a visão de um político não é a mesma de um pastor ou padre. Saber governar indica prever um futuro próximo e segure ações exatas e precisas , e não falhas em um governo , a incidência gera fracasso o rei Henrique VIII previu não sofrer fracassos em seu governo e soube lidar com a realidade adversa e perversa , caro leitor sempre acompanhe nossas colunas nesse jornal e curta no Facebook ou Twiter , não deixe de ler.

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