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Uma pessoa realizada profissionalmente vive angustiada por se deparar com o parâmetro imposto nas sociedades moçambicana e brasileira, em que o indivíduo deve estar inserido na condição homem-mulher, como se isso fosse um pressuposto para viabilização do amor.
Essa individualidade, que nasceu em Moçambique, tem a oportunidade de comparar as duas sociedades, quando é convidado a trabalhar no Brasil. Manuel, um rapaz imaculado, sofre estranhamento e distanciamento quando, num belo dia, decide trocar de nome e mudar de comportamento, assumindo a figura feminina de Emanuelle.
A rejeição é geral tanto dos homens quanto das mulheres, ele sofre absurdamente. Seu carro tem os quatro pneus furados; uma colega se apaixona pensando que é o que parece, mas quando descobre sua condição renuncia à paixão.
Emanuelle não se abala, continua firme a buscar seu espaço, até que é despertada por uma ideia de desenvolver um projeto de criar uma cidade experimental, onde para se viver não são declaradas a condição social, sexo, cor, religião, condição física. Junta-se a uma amiga para implantar a dita cidade para di guima abaixo, próxima a cidade de Inhaca.
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