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Por Jessé Salvino Cardoso.
Foto ilustrativa Eugène Delacroix.
Após termos concluído as colunas da série da Antiguidade Clássica, e agora inicie sobre a política nos meandros da Idade Média. Na verdade vou iniciar essa coluna, qual foi o real propósito das cruzadas?
Caro leitor, essa pergunta tem um conjunto variável de perspectivas e óticas a serem analisadas cuidadosamente em sua particularidade situacional. Segundo os historiadores em geral, dizem que era para buscar mais recursos e tirar a Europa Medieval da crise de alimentos e financeira após varias tentativas de sair por conta própria.
Num primeiro momento, é necessário ver que a Europa sofria com agonizante Peste Negra que devastava suas cidades e feudos, e a nobreza e a realeza não sabiam o que fazer diante disso. Nesse mesmo aspecto, é pontualmente ver que era necessário descobrir novas rotas comerciais e econômicas para crise instaurada.
Seria uma configuração do Mal, pois a Morte assombrava as cidades e os vilarejos, e os religiosos já começaram a disputar o poder entre si, já se formava um problema sério e provocava assim várias discórdias não solúveis para um problema maior, no caso a Peste Negra.
Não era uma saída política e sim uma saída econômica diante do avanço muçulmano na Península Ibérica, era necessário ampliar as rotas comerciais e ajudar homens em busca de uma vida saudável economicamente naquele momento.
Os medievalistas em geral apontam para o fracasso da Inquisição na Península Ibérica, e a invasão muçulmana consequente na região, conduziu o governante medieval a tomar uma decisão mais bruta e contra atacar exatamente no seu território, sendo mais preciso em Jerusalém, sabemos que nessa situação somente os europeus levaram treze Cruzadas para a Terra Santa, com o propósito de se apossar da Terra Santa. Mas isso nada justifica essa quantidade de Cruzadas em território inimigo. Somos propensos a pensar que os cruzados na essência queriam apenas dominar o mundo dos infiéis segundo V.S.Naipaul. Essa versão da História anuncia um discurso pleno da realidade da Idade Média, que os historiadores se propõem a obedecer a esse discurso, ao longo do tempo, esses discursos remontam uma tradição ideológica.
A ótica política vem ágora, em que os governantes puseram suas diferenças de lado e se dispuseram em por um fim na situação nada legal segundo parâmetros jurídicos da época.
Os políticos viram que necessário além de usar armas, ter um discurso político unificado e que demandava forças unificadas e aumentarem suas generosidades para com a Igreja, dominante nas vilas e feudos. Isso na prática era uma diplomacia nos moldes medievais com um pragmatismo jurisprudente. Os reis em especial se viram em uma posição desfavorável visto que seus conselheiros tinham alguns conchavos com os adversários, pensando em galgar uma posição importante.
Postergaram suas opiniões assim aos ferreiros e moleiros da época, para fomentassem na população uma visão de nação e povo, não mais um conjunto de feudos e cenas de vassalagem comuns no cotidiano. Os políticos não tiveram uma saída certa recorreram ás armas e o silêncio das águas no mar Mediterrâneo. O escritor V.S. Naipaul enxerga isso como uma das várias hipóteses de entender a Idade Média em sua máxima essência.
Os políticos somente aprendem com as crises, isso é claro na Idade Média, somente isso os perturba e consegue lhes tirar o sono, mas não somente deles, mas dos nobres que tiveram que sair de seus castelos. Assim as Cruzadas foram um monumento em razão ao desespero das realezas inúteis e conselheiros fracos. Em vias de conclusão, posso ver que um político não pode agir mediante o desespero que norteia uma realidade que fere o bom senso e a razão.
A única virtude disso foi à união rumo a um propósito único que englobasse toda Europa rumo a uma solução cabível, mas isso acaba por verificar os fatos desfavoráveis que transmitiram a mensagem na negativa para os lavradores da região que cobravam uma atitude exata dos governantes e religiosos em suas torres de marfim. Tudo indica que os políticos atuais não leram essa parte da História Medieval, pois drama dos invasores se repete com tintas mais fortes e com tons sombrios.
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