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O Silêncio de Crasso

Por Jessé Salvino Cardoso.

silencioNeste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento. A partir do tema título pretendo analisar o silêncio do general Crasso e sua posterior queda. O silencio sinalizou para o general, algo que ele não aguardava naquele momento.

A princípio sua biografia não constava de grandes feitos, no seu distante passado era um camponês onde plantava trigo e cevada e outros cereais na região da Campânia até aproximadamente trinta anos de idade, ao ser convocado a engrossar as fileiras das legiões romanas, ao que parece ele não perdeu a oportunidade de ascensão social, visto que ser legionário tinha um soldo razoável na época. Ascensão social não significa que alguém irá de certo modo marcar a História ou algo dessa natureza, como alguns políticos costumam pressupor em suas carreiras meteóricas nesse campo, isso pode ser considerado um ato falho ao longo da vida de uma celebridade ou um governante.

Retomando a biografia de Crasso, já na legião romana realizou alguns feitos heroicos em algumas batalhas, mas nada tão profundo, que pudesse ascender á centurião e aos olhares de senadores romanos. Crasso ao se tornar centurião se inteirou sobre as disputas políticas romanas, e a entender todo processo de negociação que isso sucedia por trás dos bastidores do Senado. Após retornar vitorioso de uma batalha em uma província, o Senado julgou necessário preparar o Segundo Triunvirato, após a morte de César e cassar os responsáveis para possível reparação do crime cometido e comentado em toda República de Roma. Assim, o Senado associou Otávio, Marcos Antônio e Crasso inaugurando o Segundo Triunvirato.
Considerando somente os elementos desse Segundo Triunvirato, sabemos caro leitor que não teve o sucesso desejado pelos senadores e a população romana aguardava os próximos acontecimentos. Conforme a História de Roma, sabemos que o Segundo Triunvirato tomou outros rumos já conhecidos, Marcos Antônio e Otávio partiram para um combate singular, e no tocante á Crasso se silenciou diante dos fatos, e exerceu a governabilidade ao necessário em nossos dias. Mas apenas lhe faltou a visão para enxergar a sua ausente atuação, diferente das legiões onde estava acostumado, devia olhar os resultados frios e recuperar seu papel e atuar em prol da união dos triúnviros.
Mas seu maior erro foi exatamente esse silêncio, não quis falar ou tomar posição diante dos fatos, de seu silêncio os historiadores e cientistas políticos nada aferiram em uma disputa que fosse algo tangencial, mas após a vitória de Otávio em Nicópolis, a vida de Crasso também mudou para pior, mas o importante desse signatário é extrair a lição necessária para todos leitores.
Os erros na vida são irreparáveis e sempre existem claras consequências, certo que Crasso sabia o que poderia advir de sua decisão assombrosa para os seus amigos e parentes na Campânia. Assim, Crasso retoma a vida não de outrora como um camponês comum, mas torna-se um mero símbolo do poder. Os políticos deviam observar o silencio de Crasso e entender sua relação com o poder.

Lembra-te que és homem

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