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Melindres da administração pública e O equilíbrio de Pompeu

 

Por Jessé Salvino Cardoso.

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.

pompeu

A partir do tema-título pretendo desenvolver nesta coluna Assim iremos observar o equilíbrio do general romano Pompeu diante das conquistas das legiões e as nuances da Realpolitik aí envolvida, como general e membro do primeiro Triunvirato na época da República de Roma. Ao ser escolhido pelo Senado par a fazer parte desse Triunvirato, não tinham em mente as consequências dessa escolha, mas ele previa a expansão da mesma ao longo da existência desse órgão executivo.

Mas os demais militares romanos partiam para o Oriente em busca de conselhos e conquistas, e Pompeu nessa Lina de pensamento também seguiu o mesmo caminho, seguir óbvio é fácil e assim o complexo e descortinar as variantes possíveis.

E ele parte para conquistar o reino decadente da dinastia Selêucida na Síria e negociou um processo de paz com o Egito dos Ptolomeus para alcançar a oportunidade de comprar trigo para os romanos, e conheceu Herodes e o pôs na posição de rei confederado. Mas de alguma forma aprendeu como lidar com os problemas do Oriente. Mas o que gostaria realmente de frisar tocante ao equilíbrio de Pompeu, ele sempre agia com todo cuidado no que se refere aos monarcas orientais, sabia dos riscos que corria nesse tempo.

O equilíbrio e a virtude necessária para todo o governante tanto ontem quanto nos dias atuais, algo útil para as decisões, e infelizmente anda ausente na cartilha dos governantes em referência ao mundo em crise. Pompeu fez o bom uso dessa virtude para canalizar aos dilemas concernentes ao fazer político, os parceiros do Triunvirato, não tinham essa marca e por certo evitavam o Oriente, por causa dos conhecidos problemas provocados por reinos em decadência do grande e despedaçado império alexandrino. Os triúnviros romanos desejavam tomar posse desses reinos por guerra ou diplomacia, mas escolha era uma decisão consensual dependia somente dos três, contudo a História demonstra que Pompeu tomou a iniciativa. A visão dele talvez a mais correta diante dos acontecimentos, e cada vez á frente se condicionou a pensar nos fatos.

 

O general Pompeu foi uma presença constante nos palácios orientais em busca de dar proteção a alguns aliados e eliminar outros governantes sem visão ou utilidade, não esperou as ocasiões pontuais. E ao observar mais, é possível entender as realidades frias da época, assim ponderou e agiu ao longo do Primeiro Triunvirato. Essa ponderação deixou evidente  a calma ao tratar dos assuntos estatais. Algumas lições devem aqui evidentes:

  • Equilíbrio: todo governante tem a prioridade de cuidar dos assuntos estatais, assuntos que devem tomar conta como agente de mudanças concernentes ao bem-estar dos cidadãos, esse equilíbrio assinala as preocupações do mesmo diante dos fatos, os governantes atuais precisam de forma urgente desse equilíbrio para tomar decisões sérias tendo em vista o país;
  • Cuidado: assim como Pompeu que teve o cuidado na hora certa, agindo mediante a crise que poderia aportar em Roma, e assim  os governantes da atualidade precisam e carecem de tomar cuidado em certas circunstâncias que envolvem  a interação entre países, como as precauções tomadas por Pompeu em sua época;
  • A presença: Pompeu mais uma vez ensina que o governante deve ser presente em todas as decisões que exigem sua presença, essa presença simboliza o uso de poder no momento certo. Assim os líderes atuais resolvem tudo em gabinetes á portas fechadas, no abuso do poder de forma evidente e distribuindo benesses a companheiros de partido. Pompeu em prioridade marcou presença, evitando possíveis críticas e reclamações acerca da sua postura.

As três marcas que Pompeu deixou como legado do seu governo em Roma. E de certo modo demonstram o equilíbrio latente nesse general com relação aos melindres da administração pública, evitando assim ações desesperadas e inconsequentes que os atuais sempre fazem sem pelos menos prever os prejuízos  que podem acontecer.

O general deu provas cabais acerca de um governo menos conturbado e providencial, que conseguiu gerir em Roma, apesar das nuances advindas da crise política lá existente, os governantes de hoje deviam olhar o exemplo dele.

   Lembra-te que és homem

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