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Por Davambe.
Eu não entendo as coisas, um dia desses que chuviscava as torneiras não deixavam verter a água. Ainda tentei abrir a torneira ao máximo, mas não havia água saindo. Queria lavar o rosto, acabava de acordar. Também com aquele tic-tac da chuva a chicotear o telhado, ninguém conseguia dormir, a não ser o Tico-Tico que com o rabo debaixo das pernas não se incomodava. Eu olhei pela janela e vi a água fugindo do nosso quintal para rua. Abri a torneira, não saiu nada. A única água era a que caia da chuva. Minha mãe me disse que demorou muito de a chuva aparecer para encher as torneiras da nossa casa. Então todos deviam de ter paciência. Era difícil de entender por que lá fora chovia muito. O vento às vezes soprava muito, tanto mesmo que a chuva se desvia do caminho e entrava na nossa casa pela porta da frente que mesmo fechada deixava a chuva entrar por baixo. Mamãe colocava uns pedaços de pano velho, mesmo assim a água entrava. Ela se punha a enxugar para não inundar a casa.
Custava entender, mas foi que papai explicou que a água estava com preguiça de entrar nas torneiras para nos castigar pelo desperdício, assim aprenderíamos a usar com racionalidade, precisávamos respeitar a natureza. Ele dizia que a natureza era inteligente o suficiente para saber se desperdiçávamos a água ou não. A partir daquele dia todos lá em casa só tomavam banho quando necessário. Meu irmão que não era chegado a tomar banho gostou, comemorou. Assim, ninguém mais o obrigaria a tomar banho. A única coisa que eu não gostava mesmo dele era o fedido dele depois de jogar a bola com os amiguinhos. Ele voltava tão mal cheiroso que eu precisava tampar o nariz.
Quando a natureza percebeu que nossa família economizava a água mandou encher as torneiras e não é que no dia seguinte saiu tanta água da torneira que me assustei ao abrir. A partir de então eu penso muito antes de gastar a água.
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