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O papel de Filipe II da Macedônia

FilipePor Jessé Cardoso

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento.

A partir do tema-título pretendo desenvolver nesta coluna, como você caro leitor vai analisar junto o tema proposto, e pretendo discutir uma reflexão atenta e uma pouca mais profunda acerca do papel de Filipe II, sem sua presença na política administrativa do minúsculo reino da Macedônia, eles não passariam de um bando de pastores selvagens do interior da Europa.

O rei Filipe foi um modelo de gestão para os demais povos da Europa, apesar da deficiência física que lhe seguiu ao longo de sua vida, se apropriou das situações como lhe aprove a cada momento. Como soberano estabeleceu padrões necessários para o exército e para as finanças do reino.

Ao estar preso em Esparta por alguns anos, observou a estrutura da força militar e a adaptou ao seu exercito anos mais tarde, tirou toda forma de corrupção da nobreza macedônia e selecionou os melhores para estarem sempre próximos.

E apesar de tudo isso não era só um soberano também era um general de boas marcas no campo de batalha que estimulara seus soldados a vencer todas as tribos insubmissas ao redor do seu reino, a se submeterem a sua soberania pela força da espada.

Mostrou ao seu filho a capacidade de governar um país de bárbaros e a liderar uma força militar, mas como todo governante tem virtudes e vícios, Filipe não era diferente a essa realidade, quer no passado ou presente os políticos são perseguidos por vícios e virtudes.

O mais importante nessa coluna não é uma fria análise do político analisado, mas sua contribuição para as gerações posteriores quer destacar aqui algumas marcas de Filipe como governante:

  • Visão do Futuro: Poucos governantes tem essa visão de futuro tão útil na Pós-modernidade, e Filipe detinha esse olhar para frente, algo que realmente contribuiu para o governo do sucessor.
  • Leitura da realidade: Todo governante deve ler sua realidade para possível aprimoramento, algo que os atuais não fazem. E Filipe priorizou isso ao longo do seu governo.
  • Frieza nas decisões: Os políticos de hoje não tem nenhuma frieza ao tomar decisões, isso é fundamental para o sucesso de um governo, o macedônio tinha frieza na dose certa para as decisões.

Esses elementos demonstram que Filipe não fugiu a regra de um governo brilhante tendo em vista seus motivos imperialistas, somente alicerçaram seu governo e seu tempo de governante.

O que nós podemos pensar sobre tal sujeito como político?

A princípio deve se pensar como Filipe um governante frio e preocupado com o expansionismo imperialista persa que era um desdobramento das guerras contra os gregos já comentados nessa coluna, a Grécia era um conjunto de cidades autônomas e não uma nação era o sonho de Temístocles.

Mas era um homem potente que jogava como as evidências da época que lhe favorecia ao longo do tempo, como governante frio e calculista sabia que seus acertos promoveriam para sempre seu reino, previa um sucesso a cada situação improvável.

Ele tinha certeza e convicção em tudo que realizava em prol da Macedônia como nação, isso requeria uma atenção desdobrada a tudo que sucedia ao redor, era uma maneira de olhar com cuidado a Realpolitik realizada no mundo antigo.

Mas para isso fez uso das suas habilidades na medida certa, sem excessos que marcam os  governantes  de nossa época, que andando marcando seus passos por inúmeras trapalhadas ao longo dos seus governos, Posso dizer que Filipe se destacou pela clareza da sua visão, mas não somente por essa qualidade , mas pelo comedimento diante dos desafios ora oportunos.

Certo que nem todo esforço lhe daria o império persa por mérito, que levou ao sucesso, mas a coesão do seu exército em cada batalha que lhe serviu com tamanha integridade. O governante analisou atentamente o silêncio do tempo e respondeu á altura com a realidade, sem pestanejar. Concluo pensando que os governantes atuais deveriam olhar para o exemplo de Filipe.

 

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