Argélia x Coreia

Por José Namboretti

Um fato estranho aconteceu, quando terminou o jogo olhei pela janela do meu escritório e vejo então aquela a  figura de Adão, era meu vizinho choroso, com cara de poucos vizinhos e amigos, raramente falo com ele, mas desta vez me comoveu o suficiente para eu tomar a iniciar de perguntar a razão de tanto choro, continuou chorando como criança, me assustei, então, tomou a liberdade de falar, duas coisas, aquele time de verde a bater sem piedade o time vermelho, o remetia ao palmeiras time de coração, afinal só o verde sabe fazer aquele tipo de golos. Agora os via nos pés dos argelinos, Argélia! Ah,Argélia, ele repetia agradecido com as mãos juntas para cima, fiquei sem jeito, foi então que começou a contar o seu causo com Argélia, aquele país africano que acolheu a muitos brasileiros durante a ditadura militar, foi lá que conheceu a portuguesa Maria de Fátima, sua esposa, que também fugia da PIDE, Polícia política portuguesa. Juntaram as sacolas e rumaram para China. Mas vizinho essa história se conta com taça de vinho na mão, eu disse.  É verdade, saiu correndo a buscar o tinto seco. Então começou a relembrar as andanças pelo mundo: Argélia, Suécia, França, China, Moçambique, Angola e finalmente disse, como o mundo é infinitamente pequeno! Olha eu que andei por ai voltei para o mesmo lugar fui para lugar nenhum. Obrigado Argélia! Concluiu brindando.

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