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Cuidado com urubu não se finja de morto

urubuPor José Namboretti

Naquele dia de muito calor eu e minha irmã mais velha vínhamos da machamba, estávamos cansados e ela sugeriu que descansássemos a beira do embondeiro, não resisti  despi-me ali mesmo sem cerimônias, estava parvo, com fome e sede. Fiquei a vontade, mole a curtir o frescor da sombra. Acho que minha irmã ficou com ciúme de mim, não entendi por que ela não se despiu se naquele chão gente nenhuma passava, a não ser os urubus que sobrevoavam. Eu estava quase dormindo quando minha irmã me cutucou maninho mantenha-se em movimento, achei esquisito, mas ainda bem que ela foi se explicando por qual motivo eu devia de me manter em movimento. Está vendo aqueles urubus? Ela perguntou, sim eu respondi, são faxineiros, debruçam-se sobre os corpos imobilizados e se você não quer ser varrido por um deles é bom se manter em movimento. Fiquei assustado, coloquei a roupa puxei o braçinho da minha irmã, vamos embora, irmazinha. Sugeri, queria sair dali correndo com medo dos grandes pássaros que estavam ora no céu, ora na terra. Era estranho, mas em minha terra não se pode contrariar os mais velhos.

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