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Precisamos de Política – 1

Por Jessé Cardoso

Neste artigo se propõe a discutir atentamente a política em suas múltiplas facetas. Na perspectiva antropológica a política pode ser vista em três ângulos diferentes, mas que se interagem entre si ao longo da História da humanidade, tal interação abre um conjunto infinito de nuances que produziram tipos e ideologias, que assim permeiam nosso pensamento quando tocamos no assunto.

Que o leitor pode olhar com mais atenção, nas linhas seguintes: no ângulo ocidental que abrange todo o continente europeu, onde se nasce ás origens da democracia que temos conhecimento; no ângulo asiático assim observa-se o nascimento da monarquia e a ideia de imperialismo e a teocracia; e por último nos continentes americano e africano surge a ideia de civilização e tribalismo.

A princípio para entender melhor a afirmação–título que abre essa coluna, tenho á posteriori que retornar as origens dessa política que temos certo conhecimento, este caminho nos irá conduzir a antiga Grécia terra dos filósofos e generais, e assim se encaminhamos para a cidade de Atenas, que possuíam o nome de pólis que quer dizer cidade. Segundo um dicionário de filosofia, política vem a significar “um governo ideal e real de uma cidade”, tal significado visa abranger o sentido real da expressão política.

Na antiga Atenas, e posteriormente toda Grécia, a politica era realizada e discutida por homens livres que detinham as rédeas do poder nas cidades-estados, num espaço onde se era possível ouvir e entender essa dimensionalidade da participação popular na administração destas cidades.

Um detalhe deve ser destacado aqui nessa situação, o processo do exercício de evolução do entendimento da política no mundo grego passou por vários estágios que tiveram a duração mais longa.

A evolução começou com líderes tribais, alguns tempos os generais que gradualmente chegou á monarquia, em que o rei e o povo tinham o mesmo estilo de vida com poucas regalias, poucos tempos depois a tirania que realmente usurpou o poder durante uma década e cinco anos, mas por fim lutou-se muito entre os cidadãos gregos de Atenas pela democracia, não como conhecemos hoje, mas feita e pensada pelos próprios habitantes da cidade em apreço.

A experiência vivenciada por eles e isso prestou um grande auxílio e disposição para compreender os problemas e as nuances dialéticas e dialógicas dos problemas que a cidade tinha, e que serem diagnosticados dependendo do esforço de cada um habitante na busca por solução.

A visão política sobre o mundo da época, com exatidão concedeu uma amostra do pensamento grego acerca do assunto, ao deslindar a capacidade e firmeza de cada um em se envolver com esse corpus de problemas.

Agora olhando o passado e dialogando com o presente, caro leitor pode se ver que ano momento europeu e grego da visão política, os gregos tiveram que experimentar uma variedade de experiências agradáveis e desagradáveis com os dilemas de suas cidades e como uma nação não unificada ao longo de seus momentos de glória e fracasso.

Os gregos não sofreram com o cinismo e o mercantilismo escancarado dos partidos políticos e a corrupção lamentável de parlamentares irresponsáveis que temos em nosso país hoje.

A participação na política exige de nós como cidadãos e estudantes universitários uma posição crítica construtiva, que resista a corrupção e o partidarismo que destrói os princípios democráticos de fato, e tome atitudes em busca de um país realmente melhor e que se reduzam as desigualdades de direitos e oportunidades, para que toda população tenha acesso.

Tal esforço não só demanda tempo, mas um espírito crítico em relação à realidade que se apresenta que exige decisões exatas fundamentadas em princípios que realmente sejam democráticos, e também possam nortear a vida participativa da nação a um novo patamar de progresso como reza a bandeira.

 

 

Bibliografia

BAUMAN, ZYGMUNT . Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

MARCONDES, DANILO. Dicionário de Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

ZIZEK, SLAVOJ. Vivendo o Fim dos Tempos. São Paulo. Boitempo Editorial,2012.

 

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